O Relatório de Acidentes de Trânsito da CET mostra que 41,8% das colisões com mortes envolvem motos e carro (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2011 às 09h47.
São Paulo - A quantidade de motociclistas mortos no trânsito de São Paulo aumentou 11,7% no ano passado (foram 478), interrompendo tendência de queda dos períodos anteriores. O dado chama ainda mais a atenção, porque houve redução na mortalidade de todos os outros participantes do trânsito: motoristas, ciclistas e pedestres. As pessoas nas calçadas e atravessando as vias, no entanto, continuam sendo as maiores vítimas, com 630 mortos em 2010.
A alta no número de motociclistas mortos fez esse índice voltar exatamente ao mesmo patamar de três anos atrás - quando se atingiu o maior pico de vítimas fatais. E isso em um ano em que a prefeitura implementou medidas de impacto para esses veículos, como a inauguração da motofaixa da Rua Vergueiro e a proibição de motos na pista expressa da Marginal do Tietê.
"É preciso estimular o compartilhamento da via pública. A criação da motofaixa e a proibição na Marginal aumentam a hostilidade e a segregação entre motoristas de automóveis e motociclistas", diz o presidente da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), Lucas Pimentel.
O Relatório de Acidentes de Trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que 41,8% das colisões com mortes envolvem motos e carro. Na sequência (14,9%) aparecem motos e ônibus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.