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Morte de Marisa extingue 2 ações da Lava Jato contra ela

Marisa morreu nesta sexta, 3, às 18h57, após dez dias internada no Hospital Sírio-Libanês, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Marisa: "D. Marisa não poderá, lamentavelmente, ver triunfar o reconhecimento de sua inocência por um juiz imparcial", afirmam os advogados (Lula/Divulgação)

Marisa: "D. Marisa não poderá, lamentavelmente, ver triunfar o reconhecimento de sua inocência por um juiz imparcial", afirmam os advogados (Lula/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 21h46.

São Paulo - Os advogados do ex-presidente Lula informaram nesta sexta-feira, 3, que a morte de Marisa Letícia automaticamente extingue duas ações penais abertas contra ela na Operação Lava Jato.

Marisa morreu nesta sexta, 3, às 18h57, após dez dias internada no Hospital Sírio-Libanês, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Na 13.ª Vara Federal de Curitiba, base da Lava jato, foram abertos dois processos criminais contra Marisa e Lula, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá e de um apartamento localizado no Edifício Hill House, em São Bernardo do Campo.

"A consequência jurídica do falecimento de D. Marisa nesta data será a extinção, em relação a ela das duas ações penais propostas de forma irresponsável pelo Ministério Público Federal", diz nota subscrita pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins, Larissa Teixeira e Roberto Teixeira.

"D. Marisa não poderá, lamentavelmente, ver triunfar o reconhecimento de sua inocência por um juiz imparcial", afirmam os advogados.

Eles assinalam que "foi com muito orgulho que atuaram na defesa de uma pessoa digna e honesta, que foi injustamente perseguida e vítima de falsas acusações".

"Reafirmamos nossa expectativa de que prevaleça a justiça nas ações que propusemos em seu favor, com o objetivo de reparar sua honra e imagem e ainda responsabilizar aqueles que cometeram os atos ilegais e arbitrários que resultaram nas violações que tanto a impactaram."

Os advogados relembram, na nota, o dia da condução coercitiva do ex-presidente Lula, quando a Polícia Federal foi à residência do casal para buscas. "Em 4 de março de 2016, D. Marisa teve sua casa invadida por um exército de policiais e viu sua vida e intimidade, assim como a de seus filhos e netos, expostas na mídia nacional e internacional. Os danos foram insuperáveis."

"Reafirmamos igualmente o compromisso de lutar por uma justiça imparcial, fundamental ao Estado Democrático de Direito."

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