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Morte de estudante da UFRJ pode ter sido por homofobia

"Nos últimos dias, estudantes no alojamento denunciaram o recebimento de emails com ameaças contra alunos LGBTs e negros", explicou o deputado Jean Wyllys


	Homofobia: "nos últimos dias, estudantes no alojamento denunciaram o recebimento de emails com ameaças contra alunos LGBTs e negros", explicou o deputado Jean Wyllys
 (Danish Siddiqui / Reuters)

Homofobia: "nos últimos dias, estudantes no alojamento denunciaram o recebimento de emails com ameaças contra alunos LGBTs e negros", explicou o deputado Jean Wyllys (Danish Siddiqui / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 12h52.

Rio de Janeiro - A Delegacia de Homicídios está investigando a morte do estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Diego Vieira Machado, cujo corpo foi encontrado na tarde de sábado (2) no campus da Ilha do Fundão.

O Programa Rio Sem Homofobia, do governo fluminense, repassou à polícia a informação de que tanto Diego quanto outros estudantes gays e negros vinham recebendo ameaças.

Representantes do programa de combate à homofobia devem se reunir hoje (4) com policiais na Delegacia de Homicídios. Pelo Facebook, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que há fortes suspeitas de que o crime tenha sido “motivado ou potencializado” por homofobia.

“Além do detalhe marcante de ter sido encontrado sem a calça, que indica que o crime tinha mais do que a motivação ocasional, estudantes no alojamento denunciaram nos últimos dias o recebimento de emails com ameaças contra alunos LGBTs e negros. A mensagem dizia claramente 'sabemos quem são vocês' e 'queremos vocês fora daqui'”, escreveu Wyllys.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ organizou um protesto na manhã de hoje na Reitoria da Universidade. A Polícia Civil fez uma perícia ontem (3) no local onde o corpo foi encontrado e deve começar a colher depoimentos.

Até o final da manhã de hoje, o corpo de Diego Vieira continuava no Instituto Médico Legal (IML), aguardando a chegada de parentes para sua liberação. O estudante deve ser sepultado no Pará, estado onde nasceu.

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