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Mortalidade por Aids no país cai 12% em 10 anos

Ainda assim, a Aids é a 13ª causa de morte no país


	Pessoas usam símbolo do combate a Aids: o Brasil registra 38 mil novos casos e cerca de 12 mil mortes ao ano por causa da doença
 (Reuters)

Pessoas usam símbolo do combate a Aids: o Brasil registra 38 mil novos casos e cerca de 12 mil mortes ao ano por causa da doença (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 13h59.

São Paulo - A mortalidade por Aids no Brasil e no México está em tendência de queda, aponta estudo feito pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e publicado na quarta-feira, 21, na revista Aids, com dados de países de todo o mundo. Os dois países oferecem acesso universal aos antirretrovirais.

Dados do Ministério da Saúde mostram que a Aids é a 13ª causa de morte no país, que registra 38 mil novos casos e cerca de 12 mil mortes ao ano por causa da doença. Em dez anos, a mortalidade caiu 12,7%.

Para chegar aos resultados, a pesquisa analisou o “peso” da doença nos países, levando em consideração um indicador chamado Dalys, que avalia não apenas os casos de morte, mas também os anos de vida perdidos por incapacidade prematura.

Considerando apenas a América Latina, o estudo aponta que o HIV ainda está entre os dez principais motivos da perda de anos de vida em 4 dos 17 países - Colômbia, Honduras, Panamá e Venezuela, enquanto no Brasil ele aparece entre uma das 25 mais importantes causas.

Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério, diz que a queda de mortalidade é uma tendência que vem sendo observada nos últimos anos, já que desde 1997 o Brasil oferece o tratamento com antirretrovirais. “Em 2000, a mortalidade era 6,3 por 100 mil habitantes e, em 2011, caiu para 5,6.”

O infectologista Ésper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da USP, diz que a mortalidade por Aids no Brasil praticamente estabilizou após o fornecimento da medicação, mas diz que ainda há muita desigualdade entre os Estados. “No Brasil, boa parte dessa queda pode ser atribuída a São Paulo.”

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisa mostra que o Brasil ainda precisa melhorar seu acesso global à saúde. “O País já venceu a etapa de fornecer a medicação para os doentes, agora temos de dar um passo à frente e enfrentar as outras dificuldades e melhorar a qualidade de vida”, diz. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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