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Morre operário que sofreu queda em obra do Itaquerão

Fabio Hamilton da Cruz não resistiu aos ferimentos causados pela queda de uma altura de oito metros, sofrida nesta manhã


	Vista aérea da Arena Corinthians, conhecida como "Itaquerão", após a queda de um guindaste, no ano passado: essa é a terceira morte nas obras
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Vista aérea da Arena Corinthians, conhecida como "Itaquerão", após a queda de um guindaste, no ano passado: essa é a terceira morte nas obras (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2014 às 17h26.

São Paulo - As obras do Itaquerão, estádio do Corinthians que receberá os jogos da Copa do Mundo em São Paulo, registraram mais uma morte neste sábado. Fabio Hamilton da Cruz não resistiu aos ferimentos causados pela queda de uma altura de oito metros, sofrida nesta manhã, e se tornou o terceiro operário a morrer na construção da arena que sediará a partida de abertura do Mundial.

Fabio Hamilton trabalhava na instalação das arquibancadas provisórias do estádio, exigência da Fifa para o estádio, com maior capacidade de público, receber o jogo de abertura. Ele sofreu a queda por volta das 10h30, quando tentava fixar o equipamento de segurança num cabo de aço. Ele atirou o gancho, que não prendeu, e acabou se desequilibrando com o movimento do corpo.

De acordo com a Fast Engenharia, responsável pela colocação da arquibancada móvel, o operário sofreu uma queda da altura de oito metros. Mais cedo, porém, o Corpo de Bombeiros afirmou que ele estava a 15 metros quando caiu da estrutura. Ele atuava na montagem dos pisos das arquibancadas do setor sul do estádio - também haverá assentos provisórios no lado norte.

A confirmação da morte acontece duas horas depois de a Fast Engenharia divulgar nota informando que o estado do operário era "delicado". Fabio Hamilton, contudo, não resistiu aos ferimentos causados pela forte queda. Pelas informações preliminares, ele teria sofrido traumatismo crânio-encefálico e politraumatismo.

Fabio Hamilton prestava serviço à WDS Engenharia, contratada pela Fast Engenharia, que, por sua vez, tem contrato com a Ambev. A cervejaria está bancando o custo de R$ 38 milhões para colocar as arquibancadas provisórias, exigência da Fifa para que o estádio tenha condições de receber a abertura da Copa.

A AmBev, que assumiu os custos em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, contratou a Fast Engenharia para instalar 17,6 mil cadeiras nos setores Sul e Norte (8.800 em cada lado), 1,2 mil no Leste e outros mil no Oeste. "A Fast, contratante da empresa WDS, renova seu desejo de que ele [operário] se recupere o mais rápido possível e está prestando todo o auxílio ao operário, a sua família e às autoridades".

O acidente é o segundo registrado no Itaquerão, que receberá o duelo entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho, além de mais cinco jogos. Em novembro do ano passado, Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, morreram após o desabamento de um guindaste durante a instalação de parte da cobertura do estádio. O acidente atrasou as obras, que agora só devem ser finalizadas entre o fim de abril e o início de maio.

No total, trata-se da oitava morte de funcionário ligado às obras levantadas para a Copa do Mundo. Em Manaus houve quatro óbitos e, em Brasília, um operário morto em ação, desde 2012.

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