Brasil

Morre mais uma pessoa após consumir cerveja contaminada da Backer

A Polícia Civil informou que se trata do sétimo óbito após internação por síndrome nefroneural atribuída à intoxicação pela cerveja da marca mineira

Belorizontina: cerveja é uma das marcas da cervejaria mineira Backer em que foram encontradas substâncias tóxicas (Washington Alves/Reuters)

Belorizontina: cerveja é uma das marcas da cervejaria mineira Backer em que foram encontradas substâncias tóxicas (Washington Alves/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de março de 2020 às 15h05.

Mais uma pessoa hospitalizada após ingerir cervejas da empresa mineira Backer morreu neste domingo (8), em Belo Horizonte (MG). O nome da vítima ainda não foi confirmado pelas autoridades mineiras, mas a Polícia Civil informou que se trata do sétimo óbito após internação por síndrome nefroneural atribuída à intoxicação por dietilenoglicol.

Substância tóxica usada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol foi encontrado em dezenas de lotes de diferentes rótulos de cervejas produzidas pela cervejaria mineira Backer.

Todas as pessoas que apresentaram sintomas da síndrome nefroneural tinham consumido a bebida pouco tempo antes – o que levou as autoridades a investigarem a fábrica e as cervejas da Backer.

As pessoas hospitalizadas apresentaram sintomas semelhantes - insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.

Até a publicação desta reportagem, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais ainda estava verificando detalhes sobre este sétimo caso. Já a Polícia Civil confirmou que o corpo está passando por necrópsia no Instituto Médico-Legal (IML).

O sexto óbito confirmado pela secretaria estadual ocorreu no dia 3 de fevereiro e a identidade da vítima não foi confirmada. A quinta morte por intoxicação ocorreu no mesmo dia 3 de fevereiro.

A vítima foi o juiz titular da 28ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), João Roberto Borges, 74 anos. Na ocasião, ao menos 29 pessoas tinham apresentado os sintomas de intoxicação por dietilenoglicol

Até o dia 7 de fevereiro, data em que a Secretaria de Saúde divulgou o último boletim sobre o caso, 31 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol já tinham sido notificados.

Desses, 26 pessoas eram do sexo masculino e cinco, do sexo feminino; 22 eram moradores de Belo Horizonte e os demais casos estavam distribuídos pelas cidades de Capelinha, Contagem, Nova Lima, Pompéu, Ribeirão das Neves, São João Del-Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.

Acompanhe tudo sobre:CervejasMinas GeraisMortes

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Política industrial tem de elevar produtividade e alterar potencial energético, diz Cagnin, do Iedi