Brasil

Moro põe sob sigilo superplanilha da Odebrecht

O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas


	O juiz Sérgio Moro: o documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas
 (Rodolfo Buhrer/REUTERS)

O juiz Sérgio Moro: o documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas (Rodolfo Buhrer/REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 15h07.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira, 23, sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira.

O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A superplanilha foi apreendida em fevereiro na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas.

Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo dos autos, como tem feito desde o início da Lava Jato.

Nesta quarta-feira, ao constatar que a lista contém ‘registros de pagamentos a agentes políticos’, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.

"Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos.

Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.

"De todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e determino a intimação do Ministério Público Federal para se manifestar, com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Triunal Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado."

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEmpresasEmpresas brasileirasEscândalosFraudesLavagem de dinheiroMinistério PúblicoNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava JatoSergio MoroSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha