Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Ueslei Marcelino/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 3 de novembro de 2016 às 08h23.
Última atualização em 3 de novembro de 2016 às 09h17.
São Paulo – O juiz federal Sérgio Moro liberou o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Operação Lava Jato, do uso da tornozeleira eletrônica.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a partir desta quinta-feira (3), ele passa a ter o direito de não ser mais monitorado pela Polícia Federal (PF).
Com a decisão de Moro, a única obrigação de Costa será cumprir quatro horas semanais de serviços comunitários até novembro de 2019.
O ex-diretor da estatal foi preso na segunda fase da Lava Jato, deflagrada em 20 de março de 2014. Ele conseguiu liberdade dias depois, mas foi preso novamente na quarta fase da operação, em junho de 2014, por suspeita de ter mais de US$ 23 milhões em bancos na Suíça e de uma suposta fuga do Brasil.
Devido à delação, ele conquistou o direito de cumprir a pena em regime semiaberto, em outubro de 2015.
Paulo Roberto Costa é considerado um dos mais importantes colaboradores da operação comandada por Moro. Desde que escancarou o esquema de corrupção e propinas na Petrobras, o ex-diretor de abastecimento da empresa prestou mais de 100 depoimentos.
Suas declarações desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados e apontaram nomes de deputados, senadores e governadores que teriam recebido porcentual de propinas pagas por empreiteiras.