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Moro e Dallagnol criticam processo do TCU contra Lava Jato

O TCU decidiu apurar possíveis danos ao erário por parte do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e por Deltan Dallagnol, devido a gastos com diárias e passagens no âmbito da operação

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Agência Brasil/Montagem/Exame)

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Agência Brasil/Montagem/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2022 às 15h18.

Última atualização em 13 de abril de 2022 às 15h24.

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (Podemos), criticaram a abertura de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar gastos da operação.

O TCU decidiu apurar possíveis danos ao erário por parte do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e por Deltan Dallagnol, pré-candidato às eleições deste ano, devido a gastos com diárias e passagens no âmbito da operação.

Para Moro, a decisão seria “absurda e insustentável”. “O trabalho deles já levou à recuperação de 6 bilhões de reais somente para a Petrobras. Vão retaliar o bom trabalho?”, criticou em publicação no Twitter.

Já Deltan chamou a decisão de “revoltante”, disse que o pagamento foi feito a outros procuradores, não a ele, e que o modelo de diárias seria o “mais econômico possível para que especialistas em corrupção e lavagem de dinheiro de várias partes do BR pudessem trabalhar na força-tarefa."

“O TCU claramente está forçando a mão ao tentar me responsabilizar pelas diárias que, novamente, não recebi e não autorizei. Essa decisão é absurda porque eu nunca exerci função administrativa e nem trabalhei como ordenador de despesas no MPF função que era exclusiva da PGR”, escreveu no Twitter, também defendendo que não há irregularidades nas diárias.

A área técnica do TCU identificou que os valores das gratificações pagas totalizaram R$ 10,8 milhões, dos quais R$ 7 9 milhões somente de forças-tarefa da Lava Jato no País. Em diárias e passagens, os gastos com a operação totalizam R$ 5,3 milhões - somando outras viagens, os valores chegam a R$ 14,7 milhões. O órgão vai, agora, quantificar a diferença entre os custos para investigar possíveis irregularidades.

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