José Carlos Bumlai: ele é acusado de atuar para a contratação irregular da Schahin, em contrapartida a um empréstimo de R$ 12 milhões concedido ao PT, em 2004, em nome do pecuarista e nunca pago (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 09h45.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em primeiro grau, começou a ouvir as testemunhas de acusação na ação penal que envolve o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).
Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema na Petrobras, envolvendo o PT.
Nesta segunda-feira, 29, foram ouvidos o auditor da Petrobras que trabalhou na comissão interna que apurou irregularidades na contratação do Grupo Schahin para operação do navio-sonda - de exploração de petróleo em alto mar - Vitoria 10000. Robson Cecílio da Costa confirmou ao juiz a contratação direta da Schahin.
Bumlai é acusado de atuar para a contratação irregular da Schahin, em contrapartida a um empréstimo de R$ 12 milhões concedido ao PT, em 2004, em nome do pecuarista e nunca pago.
Moro ouviu ainda dois administradores de fazendas do Grupo Schahin. Bumlai havia apresentado a dação de embriões de gado nobre para fazendas do grupo como parte da quitação da dívida. Os administradores confirmaram nunca terem recebido nas propriedades rurais os embriões.