Othon da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, é acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina pelas obras da Usina Nuclear Angra 3 (Agência Câmara)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2015 às 15h51.
Brasília - O juiz federal Sérgio Moro determinou hoje (28) o bloqueio de até R$ 20 milhões nas contas do presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso nesta manhã, durante a Operação Radioatividade, 16ª fase da Operação Lava Jato.
A medida tem objetivo de garantir ressarcimento aos cofres públicos no caso de eventual condenação e também atinge a empresa Aratec Engenharia e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez.
O bloqueio é preventivo e não significa que o valor está depositado nas contas dos acusados.
A 16ª fase da Lava Jato foi desencadeada a partir do depoimento do executivo da Camargo Corrêa Dalton Avancini, que assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Na delação, ele revelou a existência de um cartel nas contratações de obras de Angra 3 e citou Othon Luiz Silva como beneficiário de propinas.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, o presidente licenciado da Eletronuclear recebeu cerca de R$ 4,5 milhões de propina do consórcio vencedor das obras da Usina Nuclear Angra 3.
Em nota, divulgada hoje, a Andrade Gutierrez informou que está acompanhando a 16ª fase da operação e destacou “que sempre esteve à disposição da Justiça”.
Os advogados da empresa estão analisando a ação da PF para se pronunciar. A Eletronuclear informou que vai se pronunciar em nota sobre o caso.