Brasil

Moro bloqueia carros de luxo de mulher e filha de Cunha

Com a decisão, os familiares de Cunha estão impedidos de vender os veículos, que serão usados para garantir ressarcimento em caso de condenação

Carros: Moro encontrou oito carros, entre eles um em nome de Cláudia, sua mulher e outro registrado por Daniella, sua filha (José Cruz/Agência Brasil)

Carros: Moro encontrou oito carros, entre eles um em nome de Cláudia, sua mulher e outro registrado por Daniella, sua filha (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 17h27.

Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 17h53.

O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de carros de luxo que estão em nome da mulher e da filha do ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso hoje (19) na Operação Lava Jato.

A medida foi solicitada pela força-tarefa de procuradores das investigações.

Ao determinar o bloqueio, Moro encontrou oito carros, entre eles um Porsche Cayenne em nome de Claúdia Cruz, mulher de Cunha, e um jipe Tiguan, registrado por Danielle Cunha, filha do ex-deputado.

Os demais veículos estão em nome de empresas ligadas ao ex-deputado, como a Jesus Serviços de Promoção e Propaganda e C3 Produções Artísticas.

Com a decisão, os familiares de Cunha estão impedidos de transferir ou vender os veículos, que serão usados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação definitiva.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça.

O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas após a cassação do ex-deputado, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CunhaOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência