Sérgio Moro e Jair Bolsonaro: "Às vezes me pergunto: meu Deus, o que fiz para merecer isso? É só problema", brincou o presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 07h12.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 10h36.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reúne-se hoje (4), em Brasília, com governadores e secretários de Segurança Pública para apresentar o projeto de lei Anticrime que será enviado ao Congresso Nacional. Segundo ele, a sociedade também deve demandar ao governo suas necessidades.
"É um desejo do brasileiro que ele possa viver um país mais seguro", disse Moro.
Nas redes sociais, o ministro detalhou que a proposta considera que o crime organizado alimenta a corrupção e o tráfico de drogas e assim simultaneamente. "É um projeto simples e com impacto para enfrentar esses três problemas", ressaltou o ministro.
Moro destacou que não está nas mãos do governo a solução dos problemas de segurança pública. "A sociedade tem de ter presente que o governo pode ser um ator, não tem condições de resolver todos os problemas, mas pode liderar um processo de mudanças."
Em ocasiões anteriores, Moro disse ser favorável à proibição de progressão de regime prisional quando houver prova de ligação do preso com organizações criminosas.
Também defendeu mais rigor para os condenados por peculato e prisão após segunda instância, o que ocorre atualmente por causa de um entendimento que há no Supremo Tribunal Federal (STF).
No último dia 23, o governo federal anunciou 35 metas, consideradas prioritárias, para os primeiros 100 dias de gestão.
O envio do projeto Anticrime foi a meta escolhida por Moro, sob o argumento de que vai aumentar a eficácia no combate à corrupção, crimes violentos e crime organizado, além de reduzir pontos de estrangulamento do sistema de Justiça Criminal.