Brasil

Moreira Franco diz que Funaro "vive da delinquência e da mentira"

O delator disse em depoimento que Moreira "com certeza" foi destinatário de parte dos recursos ilegais pagos pelo Grupo Bertin a peemedebistas

Moreira Franco: "Uma pessoa que vive da delinquência, necessariamente, vive da mentira" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Moreira Franco: "Uma pessoa que vive da delinquência, necessariamente, vive da mentira" (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 15h50.

Brasília - O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou nesta terça-feira, 31, que o delator e corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro vive da delinquência e da mentira.

"Uma pessoa que vive da delinquência, necessariamente, vive da mentira", disse, por meio de nota enviada à reportagem.

Moreira Franco respondeu a uma acusação de Funaro, feita nesta manhã. O delator e corretor de valores, que confessou operar propinas para o PMDB em acordo de colaboração premiada, disse em depoimento na 10.ª Vara Federal de Brasília que o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, "com certeza", foi destinatário de parte dos recursos ilegais pagos pelo Grupo Bertin a peemedebistas.

Funaro afirmou que Franco deixou um cargo na Caixa Econômica Federal para ser "tesoureiro da propina" da campanha do presidente Michel Temer, em 2010.

Naquele ano, Temer elegeu-se vice-presidente pela primeira vez na chapa da ex-presidente Dilma Rousseff. O delator e corretor também disse que o presidente recebeu na ocasião R$ 2 milhões.

De acordo com Funaro, o dinheiro era ilegal mas foi pago por uma empresa de energia do Bertin como contribuição de campanha declarada à Justiça Eleitoral. Temer negou.

Acompanhe tudo sobre:Delação premiadaGoverno TemerJustiçaMichel TemerMoreira FrancoPolítica no BrasilPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final