Guaidó na Colômbia: ainda não se sabe se o autodeclarado presidente da Venezuela voltara a seu país depois de visitar Brasília
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 06h42.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 07h55.
O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir, nesta quinta-feira (28), com Juan Guaidó, presidente autodeclarado da Venezuela. O encontro está agendado para ocorrer por volta das 14h no gabinete presidencial. No entanto, não será tratado como uma visita de Estado.
O objetivo é fazer um aceno simbólico e trazer o presidente para o centro dessas discussões, cujos protagonistas têm sido o vice-presidente, General Hamilton Mourão, e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
“O prosseguimento dessa visita e aquilo que vier a ser tratado estará sob a batuta do ministro Ernesto”, afirmou Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da presidência. O porta-voz não informou se Guaidó voltará ao seu país pelo Brasil ou se o governo federal ajudará o venezuelano no retorno”, diz. Guaidó deixou a Venezuela para participar de reunião em Bogotá, na segunda-feira, desobedecendo uma determinação de Nicolás Maduro e está ameaçado de retaliação caso volte ao país.
Além do encontro com Guaidó, pela manhã, Bolsonaro vai participar da posse do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com a presença de autoridades como o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em seguida, vai se reunir com os principais nomes do governo: Mourão; Onyx Lorenzoni, ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República; e Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Enquanto isso, enviados de Nicolás Maduro devem negociar hoje a reabertura da fronteira com Roraima. O governador do estado, Antonio Denarium (PSL) e o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB), devem participar do encontro em território venezuelano, na cidade de Santa Elena de Uairén. A fronteira está fechada há quase uma semana, impedindo a circulação de alimentos, remédios e combustível, o que dificulta a vida dos moradores dos dois países.
Os bloqueios também intensificaram conflitos e levaram a dúvidas sobre o fornecimento de energia em Roraima, dependente da Venezuela.