Bolsonaro: Ex-presidente foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE no mês passado (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 19h58.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que está marcado para quinta-feira.
Moraes deu acesso à defesa de Bolsonaro aos autos da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe, com exceção das diligências em andamento e da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
"Informe-se a Polícia Federal que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos", escreveu o ministro. Moraes ainda afirmou que não compete a Bolsonaro "escolher a data e horário de seu interrogatório".
Mais cedo, os advogados de Bolsonaro haviam informado que ele não iria prestar depoimento na quinta-feira caso não tenha acesso ao conteúdo de celulares apreendidos em investigações contra ele e aliados.
"O peticionário opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno", escreveram os advogados.
A defesa de Bolsonaro também solicito acesso ao "conteúdo completo" da delação de Mauro Cid, homologada ano passado por Moraes.
O ministro afirmou, contudo, que o STF tem o entendimento de que, "antes do recebimento da denúncia, não configura cerceamento de defesa a negativa de acesso a termos da colaboração premiada referente a investigações em curso".