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Moradores de rua de SP pedem políticas sociais de apoio

Levantamento da prefeitura informa que 14,5 mil pessoas vivem nas ruas de São Paulo


	Moradores de rua na Praça da Sé: o 19 de agosto faz referência ao Massacre da Sé, quando sete moradores de rua foram mortos em 2004
 (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Moradores de rua na Praça da Sé: o 19 de agosto faz referência ao Massacre da Sé, quando sete moradores de rua foram mortos em 2004 (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h10.

São Paulo – Moradores de rua da capital paulista passaram a madrugada de hoje (20) reunidos na Praça da Sé, no centro da cidade, para reivindicar políticas sociais de apoio à população em situação de rua. A manifestação começou na noite de domingo e terminou na manhã de hoje. A organização informa que 36 barracas foram montadas para abrigar três pessoas em cada, totalizando pouco mais de 100 manifestantes.

A mobilização faz parte do dia nacional de luta dessa população. O 19 de agosto faz referência ao Massacre da Sé, nome pelo qual ficou conhecido o episódio em que sete pessoas que dormiam na praça foram mortas nesse dia em 2004. Até hoje, nenhum dos suspeitos foi preso. A data também será lembrada em Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Vitória.

Levantamento da prefeitura informa que 14,5 mil pessoas vivem nas ruas de São Paulo. O documento mostra que 47% dessas pessoas estão nas ruas e 53% em abrigos.

Kátia Lúcia dos Santos, de 33 anos, vive há 8 anos na praça da Sé e relata dificuldades para conseguir sobreviver. “Sai de casa porque briguei com meus pais. Os primeiros dias foram muito difíceis, mas nunca pensei em voltar”, disse a moradora. Ela diz que faltam oportunidades que a possibilitem sair dessa situação. “Quando a gente procura trabalho, precisa ter residência fixa”, exemplifica.

O padre Júlio Lancellotti, membro da Pastoral de Rua da Arquidiocese de São Paulo, avalia que são necessárias ações em diversas áreas e não só de assistência social para atendimento a esse público. “Não podemos ter respostas que sejam sempre as mesmas, por exemplo, o albergue. Essas pessoas não podem ser atendidas por compartimentos. Os atendimentos precisam estar integrados”, defende. Dentre as áreas que precisariam ser contempladas, estão: saúde, educação, moradia e trabalho.

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