Desabamento: prefeitura quer levar os moradores para o Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação, localizado no Viaduto Pedroso (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de maio de 2018 às 17h29.
Última atualização em 2 de maio de 2018 às 18h52.
Moradores do prédio que desabou na madrugada desta terça-feira, 1, permanecem acampados perto da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu, região central de São Paulo. Eles ergueram lonas e amarraram cordas aos postes.
A Defesa Civil e a Prefeitura de São Paulo negociam a retirada de famílias com crianças do local, mas os moradores se recusam a deixar o espaço. Uma pequena tensão teve início no local na tarde desta quarta-feira, 2, e policiais militares afastaram a imprensa.
A Prefeitura quer levar os moradores para o Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação (Cisarte), localizado no Viaduto Pedroso, número 111, no Bela Vista, a cerca de três quilômetros do local. Uma Kombi está a postos para fazer o transporte.
Funcionários da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) conversavam, na tarde desta quarta-feira, com as lideranças do movimento para tentar retirá-los do local, afirmando que todos poderão ser trazidos de volta nesta quinta.
Em meio às barracas de acampamento no Largo do Paissandu, com crianças e mulheres deitadas em colchões, há bastante lixo espalhado. O clima é de tensão e atrai curiosos desde as primeiras horas da manhã.
No início da tarde, lonas foram erguidas e presas às paredes da igreja. O cenário é de sujeira, com pedaços de comida no chão. Montanhas de sacolas e caixas de papelão com doações estão lotando a escadaria de entrada da igreja, que está de portas fechadas desde o início do dia.