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Moradores da Rocinha relatam tiroteio após prisão de Rogério 157

Mensagens de aviso do confronto foram publicadas nas redes sociais, embora isso não tenha sido confirmado pela polícia

Rocinha: moradores da comunidade carioca se sentem apreensivos diante da instabilidade no comando do tráfico de drogas na favela (Mario Tama/Getty Images)

Rocinha: moradores da comunidade carioca se sentem apreensivos diante da instabilidade no comando do tráfico de drogas na favela (Mario Tama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 12h05.

Rio de Janeiro - Moradores da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, relataram tiroteio na comunidade, após o chefe do tráfico, Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157, ter sido preso, na manhã desta quarta-feira, 6.

As mensagens de aviso do confronto foram publicadas nas redes sociais, embora isso não tenha sido confirmado pela polícia. Por volta das 10h, o clima na favela era de tranquilidade, sem ruas fechadas e com movimentação comum.

Os moradores da comunidade carioca se sentem apreensivos diante da instabilidade no comando do tráfico de drogas na favela após a prisão de Rogério 157.

Eles informaram que, por estar muito visado pela polícia e caçado em várias comunidades, Rogério 157 já havia designado outro criminoso para tomar seu lugar.

"Nós, moradores não sabemos como vai ficar. A notícia da prisão é boa em parte, porque ele já estava entregando o comando para outra pessoa, que ninguém sabe quem é. Ele já sabia que tinha que se entregar, ou não sobreviveria. Para nós, é tenso demais", disse uma moradora, que perdeu vários dias de trabalho entre setembro e outubro por causa dos tiroteios na favela.

"Vai ter reação de outros bandidos com certeza. Pelo que a gente já ouviu falar, tem outras pessoas de frente querendo ficar no lugar dele. É sempre assim no morro", lamentou uma outra, também na condição de anonimato.

"Temos que esperar para ver o que vai acontecer. Hoje cedo saí com meu filho e tive que voltar para casa na hora. Vi creches e escolas que não tinha funcionário. Muita criança com medo, muito, muito tiro. Nessas horas, não tem o que fazer. Eu tinha que passar pela Rua 2 e estava totalmente impossível, dei meia-volta", contou outra mulher, mãe de três crianças.

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