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Montes defende fortalecimento do Ministério da Agricultura

O deputado federal classificou a pasta como "de segundo escalão", pela falta de força política para confrontas outros ministérios

Marcos Montes: "a presença da Kátia Abreu como possível ministra dá esperança e nos alegra muito", afirmou (Site/Deputado Marcos Montes/Divulgação)

Marcos Montes: "a presença da Kátia Abreu como possível ministra dá esperança e nos alegra muito", afirmou (Site/Deputado Marcos Montes/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 13h23.

Ribeirão Preto, SP - O deputado federal Marcos Montes (PSD-MG), presidente eleito da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), classificou, em entrevista ao Broadcast ao Vivo, o Ministério da Agricultura como uma pasta "de segundo escalão", pela falta de força política para confrontar outros ministérios e ainda ter um diálogo direto com a presidente Dilma Rousseff.

Montes avaliou que a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tem a força política desejada pelo setor para ser a ministra da Agricultura.

"Além do vasto conhecimento do setor e da vida política, ela tem a força política e a proximidade com a presidente Dilma. A presença da Kátia Abreu como possível ministra dá esperança e nos alegra muito", afirmou.

O deputado citou como exemplo do pouco poder político do Ministério da Agricultura o fato de parlamentares ruralistas discutirem pessoalmente questões, como a demarcação de terras indígenas, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

"Em todas as discussões saímos de mãos abanando. Essas relações não devem ser de deputados, mas do ministro da Agricultura diretamente com o ministro da Justiça ou com a presidente da República. Isso ocorrerá caso a senadora seja escolhida", afirmou.

Montes considerou a pressão de grupos empresariais contrários à indicação de Kátia Abreu para Agricultura como "mais um estímulo" para que ela seja ministra.

"Nós atendemos a um País e não a um setor", disse, se referindo à posição contrária nos bastidores do grupo JBS ao nome da senadora.

Ele defendeu ainda o atual ministro da Agricultura, Neri Geller, e classificou as suspeitas de envolvimento dele em irregularidades no processo de reforma agrária em Mato Grosso, investigadas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como "uma injustiça tremenda".

Para o deputado, além da escolha pessoal da senadora, a presidente Dilma mostrou boas intenções com o setor ao ressaltar o papel da Agricultura na indicação da nova equipe econômica.

"Ainda acredito nas boas intenções da presidente da República", afirmou o deputado, que apesar de ser do PSD e integrar a base de apoio do governo, fez campanha para o maior adversário de Dilma, senador Aécio Neves (PSDB-MG), nas eleições.

O parlamentar afirmou ainda que independentemente do escolhido para ser o próximo presidente da Câmara, é preciso que o deputado eleito para o cargo assuma os compromissos com o setor ruralista e coloque em discussão e em votação projetos polêmicos, mas necessários.

Entre eles, segundo Montes, está a demarcação das terras indígenas, que deve ser um dos primeiros projetos avaliados no próximo mandato. "A questão indígena é o assunto do momento", concluiu.

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