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Monitoramento descarta febre amarela urbana em SP, diz secretário

Segundo o secretário, a meta é imunizar toda a população do estado contra a febre amarela

Vacina: em janeiro e fevereiro, 6,6 milhões de paulistas tomaram a vacina (Rovena Rosa/Agência Brasil/Agência Brasil)

Vacina: em janeiro e fevereiro, 6,6 milhões de paulistas tomaram a vacina (Rovena Rosa/Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de março de 2018 às 15h50.

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, disse hoje (5) que não há registros de que o vírus da febre amarela circule por meio do mosquito Aedes aegypti, o que poderia fazer com que a doença migrasse para área urbana. Segundo ele, a possibilidade é constantemente checada pelos especialistas do estado.

"Eles vigiam os mosquitos. Eles ficaram em Mairiporã, vigiando não só o Haemagogus [mosquito transmissor da febre amarela silvestre], mas o Aedes aegypti, para saber se ele também estava infectado. Então, há uma vigilância no estado inteiro para saber se o Aedes aegypti, que é o transmissor da febre amarela urbana, está infectado ou não. Nesse momento, não encontramos nenhum caso", ressaltou após participar da abertura de um simpósio sobre a doença. O Aedes aegypti é o mesmo mosquito que transmite a dengue, a zika e a chikungunya.

Segundo o secretário, a meta é imunizar toda a população do estado contra a febre amarela. Em janeiro e fevereiro, 6,6 milhões de paulistas tomaram a vacina. Ao longo do ano passado, 7,4 milhões de pessoas foram imunizadas.

Baixada Santista

O governo estadual estuda, agora, estratégias para fazer a imunização em áreas de litoral como a Baixada Santista. De acordo com o monitoramento do avanço da doença, a região é um dos locais para os quais o vírus está se deslocando. "Nós estamos conversando para ampliar a informação e ver qual é a estratégia. A Baixada Santista é complexa, há uma população flutuante de fim de semanas, feriado e férias. Então, é uma estratégia especial, que tem que ser particularizada", enfatizou Uip.

A região com menor cobertura vacinal no estado é a Baixada Santista, com 36,8% da população imunizada. No Vale do Paraíba e litoral norte, a cobertura é de 47,6%. O Grande ABC tem 44,1% e a capital, 62,1%.

Casos

Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado na sexta-feira (2), os casos autóctones (contraídos no próprio local) de febre amarela silvestre no estado de São Paulo somam 286, de 2017 até o momento. Desses, 102 resultaram em morte.

O maior número de ocorrências foi em Mairiporã (46,5%) e Atibaia (17%), municípios que respondem por quase dois terços dos casos de febre amarela silvestre no estado. De acordo com a secretaria, ações de vacinação estão em curso desde o ano passado nos dois municípios.

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