Gleisi: a prisão foi classificada como política pela presidência do PT (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2018 às 08h22.
Curitiba e São Paulo - A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, indicou em entrevista no domingo, 8, que a legenda não desistirá da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja prisão foi classificada como política.
"A mobilização da militância trará Lula de volta para nós e fará dele presidente novamente", disse ela, durante entrevista coletiva nos arredores da sede da Polícia Federal,em Curitiba.
"A prisão é política. Nós entendemos e organismos internacionais entendem isso. Não há, aqui, uma Justiça isenta", emendou a senadora.
Segundo Gleisi, os apoiadores de Lula foram contra a iniciativa do ex-presidente de se entregar à Polícia Federal, mas respeitaram a decisão tomada por ele e seus familiares.
Por outro lado, ela mandou um recado à Polícia Federal. "Vocês vão ter que arcar as consequências da nossa luta", disse, reiterando que os militantes permanecerão fazendo vigília no local enquanto Lula seguir encarcerado.
Antes de a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se pronunciar, a cantora Ana Cañas cantou à capela com um microfone e uma caixa de som.
"Tomara que o presidente nos ouça lá do prédio da Polícia Federal", disse a cantora. Ela cantou O Bêbado e O Equilibrista, canção eternizada na voz de Elis Regina, enquanto militantes gritavam "Eu sou Lula" e "Lula livre".