Tripulação trabalha em uma plataforma de petróleo da Petrobras na Baía da Guanabara, em Niterói (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2014 às 18h36.
Rio - O secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, defendeu que o governo possui uma política de desenvolvimento da produção de petróleo, contrariando as críticas da indústria, que reclama da escassez de leilões de áreas.
Entre as características da política do governo, ele citou, durante a feira e conferência Rio Oil&Gas, que acontece no Riocentro, o estímulo à produção a ponto de permitir que, em 2022, a capacidade de exportação do País alcance a marca de 2 milhões de barris por dia.
Para chegar a esse volume, destacou a necessidade de as petroleiras instaladas no Brasil buscarem petróleo e gás natural não convencionais, seguindo o movimento da indústria dos Estados Unidos, que atualmente têm acesso a uma reserva de óleo e gás não convencionais de baixo custo.
"As empresas brasileiras precisam de um energético tão competitivo quanto o dos Estados Unidos. Se não for tão competitivo quanto o norte-americano, deve ser, ao menos, mais competitivo do que o que temos hoje. Estamos prontos para discutir isso tecnicamente e temos convicção de que não é barrando licitações e contratos que vamos resolver isso", afirmou.
A pedido do Ministério Público, a Justiça do Paraná paralisou a assinatura de contratos de petroleiras com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que levariam à exploração do gás de xisto, não convencional, no Estado.
Durante palestra na feira, o secretário do MME defendeu ainda a continuidade da produção em bacias consideradas maduras por já produzirem por um longo período, fora do pré-sal.
Essas áreas, disse ele, são importantes como fontes de geração de renda e emprego em Estados concentrados, principalmente, no Nordeste.
Segundo Almeida, a política do governo é continuar incluindo bacias maduras nas rodadas de leilões de áreas para concessão.
Porém, defendeu que a prioridade continuará sendo o aumento da produção no pré-sal, em regime de partilha, no qual a Petrobras é operadora das áreas e parte dos ganhos é destinada à União.