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Ministros defendem acordos com empresas citadas na Lava Jato

Ministros do governo Dilma defenderam a aplicação de mecanismos para evitar que empreiteiras envolvidas na Lava Jato sofram impedimentos em novos contratos


	Agentes da Polícia Federal durante fase da Operação Lava Jato, em São Paulo
 (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 21h26.

Brasília - Ministros do governo Dilma Rousseff defenderam nesta terça-feira, 3, a aplicação de mecanismos para evitar que empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da operação Lava Jato sofram impedimentos em novos contratos com o poder público e acabem demitindo trabalhadores.

A defesa foi feita em reunião na Câmara dos Deputados pelos titulares da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Pepe Vargas, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Gabas.

Na opinião de Manoel Dias, o que o governo está fazendo, através de acordos de leniência, é buscar que as empresas concluam as obras e gerem empregos. "O povo brasileiro não pode, por irresponsabilidade de alguns, sofrer consequências desastrosas", disse.

Para Carlos Gabas, o governo defende que se investigue os ilícitos e puna os envolvidos. "O que não pode é pegar essa empresa e dizer que ela não pode mais contratar no País", disse. "As maiores empreiteiras estão citadas. As obras vão parar e os empregos vão derreter (se não houver acordo)", completou.

O ministro Pepe Vargas lembrou que o governo dá autonomia aos órgãos responsáveis pelas investigações e julgamentos. Ele também ponderou que deve haver punição, "doa a quem doer", sem que a sociedade seja prejudicada. "Temos o instrumento do acordo de leniência. Isso significa que a empresa reconhece o que fez, devolve o valor, paga multa, mas a empresa é preservada, os empregados são preservados", afirmou.

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