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Ministro terá de explicar dinheiro de ONG para o PDT

Comissão pediu esclarecimentos a Manoel Dias sobre denúncias de que montou esquema para desviar recursos para filiados ao seu partido

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 23h17.

Brasília - A Comissão de Ética da Presidência da República pediu esclarecimentos ao ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), sobre denúncias de que montou esquema para desviar recursos de uma ONG para filiados ao seu partido. A informação foi revelada pelo Estado. O conselheiro da comissão de ética Mauro Menezes, afirmou que "se trata de uma abordagem antes de uma eventual abertura de processo" contra o ministro.

O ex-dirigente da juventude do PDT de Santa Catarina, John Sievers Dias, contou ao jornal que, a mando do ministro, recebeu em 2008 "salário" da Agência de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itajaí-Mirim (ADRVale) para trabalhar para a Universidade Leonel Brizola, um braço da fundação política do partido. "Sou um coordenador fantasma...Eles só pagavam o meu salário...Eu imaginava que não era coisa boa, uma empresa que presta serviço para o Estado estar me pagando, mas quem iria confrontar o Maneca (como os pedetistas chamam o ministro)?", afirmou Sievers. O ministro é presidente do PDT em SC.

Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), revelado pelo jornal, comprovou que o ex-dirigente foi contratado pela ONG, além de outros pedetistas. Segundo o relatório da investigação, a entidade não demonstrou que eles trabalharam. Entre os supostos "fantasmas" está o irmão do atual chefe de gabinete do ministro, Rodrigo Minoto, que foi assessor da mulher do ministro quando ela era secretária em Santa Catarina e, segundo John, também sabia do esquema com a ADRVale.

O jornal revelou ainda que a Polícia Federal também apura o caso e deve intimar Sievers para depoimento. O Ministério do Trabalho não se pronunciou hoje. O ministro já negou ao jornal envolvimento com desvio de recursos da entidade. A advogada da ADRVale, Ana Helena Boos, disse que todas as pessoas que constam como contratadas pela ONG trabalharam.

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