Ricardo Barros: “O SUS é um direito universal de cada cidadão brasileiro e uma garantia absoluta", afirmou o ministro (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2016 às 14h43.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, negou hoje (19) que o governo do presidente interino Michel Temer esteja elaborando um plano de redução de gastos que possa afetar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele disse que a meta é investir na melhoria da saúde pública e explicou que a preocupação é com os gastos previdenciários.
“O SUS é um direito universal de cada cidadão brasileiro e uma garantia absoluta", afirmou o ministro, após visitar a 23ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultoria Hospitalar 2016, em São Paulo.
O que está se buscando, conforme o ministro, é uma gestão de qualidade visando dotar a rede pública dos melhores equipamentos e torná-la mais próxima do índice de bom desempenho das redes privada e de filantropia. “Estamos nos esforçando para isso”, assinalou.
Redução de custos
No evento, o presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), Yussif Ali Mere Júnior, apresentou uma proposta do setor que defende a flexibilização de portarias que tratam da aquisição de produtos.
Como exemplo, a entidade citou que o tipo de seringa usado em hospitais poderia ser alterado para um item mais barato, sem que isso viesse a comprometer a qualidade do atendimento.
O ministro da Saúde afirmou que a sua participação na feira foi uma oportunidade para aprender com o setor e que ambos os lados poderão ter uma sequência de reuniões e estudos de eficiência. Ele enfatizou a necessidade de cortar gastos.
”Precisamos gerir melhor o SUS, queremos gastar melhor cada centavo que é utilizado no SUS.”
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em todo o país, o atendimento médico por meio do SUS gera uma demanda superior a 50% do mercado de equipamentos hospitalares e 90% do mercado de vacinas.
Além disso, são feitas mais de 500 milhões de consultas médicas por ano; 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais por ano e 1 milhão de internações.