"O rompimento foi muito mais em cima de perceber que ele (o acordo) não prosperaria como a gente esperava", disse Jaques Wagner, ministro da Defesa (Samuel Barbosa/Agência Portrait)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2015 às 14h33.
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, negou que tenha havido pressão da Rússia para o encerramento do acordo de cooperação entre Brasil e Ucrânia para o lançamento de foguetes da base de Alcântara, no Maranhão.
"Não tem nada a ver com o processo de briga de fronteira entre Rússia e Ucrânia. (O rompimento) foi decidido antes. Eventualmente o conflito agravaria porque eles têm muita tecnologia compartilhada", afirmou o ministro da Defesa. Nesta quinta-feira, 23, ele visitou o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira, na Ilha de Mocanguê, em Niterói, região metropolitana do Rio.
Wagner afirmou que um grupo de trabalho formado por técnicos do Ministério da Defesa, Ministério de Ciência e Tecnologia e Agência Aeroespacial Brasileira já haviam identificado falhas no projeto e concluído pela suspensão do acordo desde 2014. "O rompimento foi muito mais em cima de perceber que ele (o acordo) não prosperaria como a gente esperava."
Também presente na cerimônia de entrega do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira à Marinha do Brasil nesta quinta-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou que a suspensão do acordo entre Brasil e Ucrânia não envolve questões políticas e diplomáticas.
"Julgamos importante a cooperação, mas esse acordo estava comercialmente inviabilizado", disse.
Tanto Wagner e Rebelo afirmaram que estão buscando firmar novos acordos com outros países.