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Ministro mostra preocupação com baixa imunização contra sarampo

Luiz Henrique Mandetta afirma que o sarampo fez "várias vítimas" em São Paulo e que é preciso elevar os níveis de vacinação no Rio

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: vacinação contra sarampo termina neste sábado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: vacinação contra sarampo termina neste sábado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de novembro de 2019 às 15h55.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mostrou preocupação com os baixo níveis de imunização contra o sarampo no Rio de Janeiro, em especial, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde esteve na manhã deste sábado 30. Segundo Mandetta, o Rio de Janeiro foi um estado que nos últimos anos teve diminuição no índice de vacinação e Duque de Caxias registrou 24 casos da doença, todos controlados com bloqueio.

"A gente precisa elevar [os níveis de vacinação], principalmente, nas nossas crianças, porque em São Paulo, o sarampo já fez várias vítimas e a gente não quer que isso venha para o Rio de Janeiro", disse.

Mandetta ressaltou que a Rodovia Presidente Dutra é uma via de ligação entre os dois estados onde o trânsito de pessoas, caminhões e mercadorias é intenso, o que pode favorecer também o fluxo de transmissão da doença. "São os dois nossos maiores polos e o Rio de Janeiro precisa se proteger muito com vacina para não acontecer aqui um surto epidêmico como em São Paulo", disse.

O ministro afirmou que atualmente São Paulo conseguiu entrar em um ponto de equilíbrio e o número de casos parou de subir. "Já colocamos esta curva em um platô. Vai levar ainda de quatro a seis meses para São Paulo zerar e a gente não quer ver o problema de São Paulo se replicar no Rio de Janeiro, com outra escala. Então, o momento agora é de vacinar, prevenir, prevenir, prevenir, para não termos perdas principalmente de crianças por sarampo", alertou.

HIV

Mandetta chamou atenção ainda para a campanha nacional contra HIV/Aids lançada pelo ministério, que incentiva a realização de testes para o diagnóstico da doença. "Se tiver positivo, tratar, que é um ato também de bloquear a proliferação do vírus. Tudo que tem de melhor no mundo, o programa brasileiro fornece, desde a testagem, aconselhamento e todo tratamento com todo retroviral. O SUS [Sistema Único de Saúde] no caso do HIV é só reforçar para as pessoas que tenham uma prática saudável, use o preservativo, use camisinha", recomendou.

De acordo com o ministro, a pasta aumentou a distribuição de preservativos e este ano foram distribuídas mais 30 milhões de unidades. "O preservativo feminino, que a média histórica era de 1 milhão, nós chegamos a 8 milhões este ano e ano que vem queremos chegar a 20 milhões. Aconselhamento e testagem, todos os índices de prevenção foram aumentados este ano e ano que vem a gente quer aumentar ainda mais", contou.

Acompanhado do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), Mandetta visitou neste sábado, os hospitais municipais do Olho de Duque de Caxias (RJ) e Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, que são referência em atendimento na Baixada Fluminense pelo SUS.

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