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Ministro Jaques Wagner defende encurtar recesso parlamentar

Os parlamentares entram em recesso na semana que vem e retomam os trabalhos no dia 2 de fevereiro


	Ministro Jaques Wagner: ele disse que se deveria gastar mais energia para encontrar saídas para a economia do que para a saída da presidente
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Ministro Jaques Wagner: ele disse que se deveria gastar mais energia para encontrar saídas para a economia do que para a saída da presidente (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 10h28.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, defendeu nesta sexta-feira que o Congresso Nacional encurte o recesso para tratar do pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e de questões econômicas importantes.

Os parlamentares entram em recesso na semana que vem e retomam os trabalhos no dia 2 de fevereiro e Wagner defendeu que a volta fosse antecipada para 4 de janeiro.

Ele disse ainda, em entrevista a jornalistas, que se deveria gastar mais energia para encontrar saídas para a economia do que para a saída da presidente.

“O apelo (para abreviar o recesso) por enquanto não foi formalizado. Pelo momento que o Brasil vive seria muito positivo que as Casas voltassem a trabalhar talvez em 4 de janeiro. Porque nós temos o próprio processo de impeachment que não pode se arrastar. Sempre foi a posição da presidente Dilma que ele fosse decidido rapidamente”, disse.

Wagner ponderou, entretanto, que a aprovação, pelo Congresso, de um pedido formal do Executivo para uma convocação extraordinária depende de aprovação pela maioria da Câmara e do Senado e que isso seria difícil de conseguir neste momento devido à proximidade do recesso.

“Hoje é sexta-feira e praticamente nós já estamos adentrando o recesso, então não haveria tempo (...) dependeria da maioria das duas Casas para votação e não sei se a gente vai conquistar isso”, disse.

Supremo e Temer

O ministro classificou como uma vitória da democracia a decisão de quinta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou as principais teses do governo sobre o rito do impeachment, ao dar ao Senado o poder de rejeitar a instauração do processo e obrigar a Câmara a refazer, com voto aberto e sem chapas avulsas, a eleição da comissão especial que analisará o assunto.

“Eu considero que a decisão do Supremo foi uma página em favor da democracia brasileira, não do governo A, B ou C, porque o Supremo não decidiu em função disso”, disse.

Sobre a relação entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer, Wagner disse que em um processo como o do impeachment circulam muitas “fofocas” e afirmou conversar e ter grande apreço por Temer.

O ministro admitiu que a divisão interna do partido presidido por Temer cria “ruído” e disse que o governo “não quer se meter na liderança do PMDB, mas é evidente que quer um PMDB que apoie o governo e que se posicione contra o impeachment”.

Na quinta-feira, o deputado Leonardo Picciani (RJ), favorável ao Planalto, foi reconduzido à liderança do PMDB da Câmara. Picciani havia sido substituído na semana passada pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), em um motivo organizado pela ala do partido contrária ao governo.

Texto atualizado às 11h28.

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