Eduardo Braga: "Estarei no Senado trabalhando para que setor seja alavanca para desenvolvimento e não um problema para o crescimento do País". (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2016 às 13h57.
Brasília - Três dias após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment ser aprovada na Câmara, o ministro de Minas e Energia (MME), Eduardo Braga, anunciou nesta quarta-feira, 20, que entregou o cargo à presidente Dilma Rousseff.
O ministro deve entregar uma carta ainda nesta quarta à Presidência, mas, segundo ele, Dilma já teria aceitado a sua demissão.
"Acabei de conversar com Dilma e avaliamos que é hora de entregar o ministério. Fizemos um balanço e chegamos à conclusão de que vencemos os desafios aqui", afirmou.
"Ainda há outros desafios a serem vencidos no setor elétrico, há desafios como a sobrecontratação de eletricidade, a energia livre de Belo Monte e as questões da Eletrobras", completou.
Para Braga, ele ajudaria mais o Brasil dando espaço para que um técnico assuma agora a pasta. "Estou precisando ir para casa resolver questões pessoais, entreguei o cargo, estou saindo da conversa", respondeu.
"Saio com a sensação de que fizemos muito após chegarmos aqui em crise hidrológica. Tivemos crise de fornecimento de energia e crise de tarifas. Vivemos momento dramático e vencemos as dificuldades", acrescentou.
Agora demissionário, Braga disse esperar que o ministério mantenha uma linha de diálogo para encontrar soluções para o setor elétrico.
"Estamos tratando de poder dar oportunidade para os programas do setor continuarem. Estarei no Senado trabalhando para que setor seja alavanca para desenvolvimento e não um problema para o crescimento do País", avaliou.
Sobre a sucessão no MME, Braga disse que há técnicos preparados para assumir a sua cadeira no próprio ministério, para além do atual secretário-executivo da pasta, Luiz Eduardo Barata.
"Acho que Dilma vai tomar decisões, e dei a minha sugestão do que eu achava que deveria ser. Sugeri que Dilma aproveite Barata talvez em outra posição", completou.