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Ministro dos Esportes quer 'soluções adequadas' a diferenças com a Fifa

Aldo Rebelo afirmou que o governo está disposto a cooperar com os organizadores do Mundial

Rebelo: "Estamos dispostos a cooperar com os organizadores do Mundial, entre eles a Fifa, para que o evento seja organizado em harmonia e possamos ter um evento à altura do que todos esperam" (José Cruz/ABr)

Rebelo: "Estamos dispostos a cooperar com os organizadores do Mundial, entre eles a Fifa, para que o evento seja organizado em harmonia e possamos ter um evento à altura do que todos esperam" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 18h55.

Rio de Janeiro - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse nesta segunda-feira que o governo, o Congresso e a Fifa querem negociar "soluções adequadas" para as diferenças que têm em torno da Lei Geral da Copa de 2014.

"Há uma boa vontade tanto por parte do governo, como por parte da Fifa e do Congresso Nacional, em administrar e encontrar uma solução adequada para todas as diferenças", afirmou o ministro ao discursar na abertura da Soccerex, a maior feira mundial de negócios do futebol, realizada no Rio de Janeiro.

"Estamos dispostos a cooperar com os organizadores do Mundial, entre eles a Fifa, para que o evento seja organizado em harmonia e possamos ter um evento à altura do que todos esperam", acrescentou.

O ministro afirmou que, uma vez resolvidos esses "assuntos delicados", a chamada Lei Geral da Copa de 2014 poderá ser aprovada este ano pela Câmara dos Deputados, enquanto a votação no Senado ficará para 2012.

"Após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados teremos uma referência, um marco legal, que vai orientar as posições do governo e dos organizadores", disse o ministro.

O projeto de lei que o governo apresentou ao Congresso gerou críticas por parte da Fifa, que pediu algumas mudanças.

O organismo se opõe, por exemplo, à concessão de descontos nas entradas de idosos e estudantes de escolas públicas e à proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, o que está previsto nas leis federais.

A entidade também exige maiores punições aos que se dedicarem à pirataria de marcas e produtos vinculados à Copa.


Essas exigências geraram uma rejeição no Congresso e alguns políticos, entre eles o ex-jogador Romário, afirmaram que o Brasil não pode renunciar a sua soberania para organizar uma Copa.

"O conflito é natural, é da atividade humana, ainda mais em uma Copa do Mundo. Vamos encarar isso como o espírito bíblico: a César o que é do César, a Deus o que é de Deus, ao governo o que é do governo e à Fifa o que é da Fifa", declarou o ministro.

Aldo Rebelo disse também que o governo quer solucionar essas divergências diplomaticamente sem prejudicar o andamento dos preparativos e das obras necessárias para a Copa.

O ministro disse ainda que o governo não iria interferir em uma troca na presidência do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, com a saída de Ricardo Teixeira (presidente da CBF) para a entrada do ex-jogador Ronaldo, como vem sendo especulado pela imprensa.

"O governo não pode, nem deve interferir, ou fazer apreciações sobre os indicados para exercer essa função. Nossa relação até agora com Ricardo Teixeira foi de respeito e cooperação, e seguirá sendo enquanto ele cumprir esta função no Comitê Organizador Local", finalizou.

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