Admar Gonzaga, ministro do TSE (Ueslei Marcelino/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 23 de junho de 2017 às 16h21.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 16h23.
São Paulo – O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto é suspeito de ter agredido a sua esposa na madrugada desta sexta-feira (23). Élida Souza Matos registrou uma ocorrência de violência doméstica contra o ministro na 1ª Delegacia de Polícia de Brasília, no Distrito Federal.
O caso foi revelado pelo portal Metrópoles e pela rádio CBN, e confirmado por EXAME.com. Segundo as publicações, ela teria relatado aos policiais que o magistrado a teria agredido durante uma discussão e teria ficado ferida no olho. “Você não serve nem pra pano de chão”, teria afirmado Neto para a esposa.
Por se tratar de um ministro, que tem foro privilegiado, o caso deve ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado do casal Antônio Carlos de Almeida Castro informou a EXAME.com que Élida e Admar foram para a delegacia registrar uma retratação e que aguardam o arquivamento. "A ocorrência foi feita no calor dos acontecimentos e ela decidiu que queria apresentar imediatamente a retratação", disse.
Em nota, Castro afirmou que o episódio “não passou de um desentendimento, com exasperação de ambos os lados”. Até o momento, o TSE disse que não tinha informações sobre o caso.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo advogado.
"O casal Élida Souza Matos e Admar Gonzaga Neto lamenta profundamente e pede desculpas a seus familiares e amigos pelo incidente ocorrido, que não passou de um desentendimento, com exasperação de ambos os lados. Esclarece ainda que o fato noticiado pela imprensa está sendo tratado pelo próprio casal estritamente no âmbito familiar e que buscará o melhor entendimento e o pleno resguardo da integridade de ambos. Nesse momento delicado, pede a todos e todas compreensão e que respeitem a intimidade e a privacidade do casal".