Brasil

Toda a diretoria do ICMBio é trocada por policiais militares

O anúncio das novas contratações acontece depois que diretores do órgão ambiental pediram exoneração nesta quarta-feira, 24

Ricardo Salles: ministro do Meio Ambiente enfrenta crise no ICMBio (Rafael Carvalho/Governo de Brasília/Divulgação)

Ricardo Salles: ministro do Meio Ambiente enfrenta crise no ICMBio (Rafael Carvalho/Governo de Brasília/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2019 às 14h57.

Última atualização em 26 de abril de 2019 às 13h52.

São Paulo — O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recorreu ao Twitter para anunciar a nomeação dos novos diretores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"Ao agradecer a dedicação e empenho dos que até então compuseram as diretorias do ICMBIO, tenho a alegria de anunciar os novos diretores: Cel PM Lorencini, Ten Cel PM Simanovic, Major PM Marcos Aurélio e Major PM Marcos José, que junto ao Cel PM Homero farão um grande trabalho", publicou o ministro.

O anúncio das novas contratações acontece depois que diretores do órgão ambiental pediram exoneração nesta quarta-feira, 24.

Eles seguiram o exemplo do ambientalista Adalberto Eberhard, então presidente do órgão, que pediu demissão na semana passada, pouco mais de três meses após assumir o cargo.

Para o lugar de Eberhard, Salles anunciou o coronel Homero de Giorge Cerqueira, que comandava a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo.

Assim como o novo presidente, os novos diretores do ICMBio também são policiais militares, seguindo o processo de militarização pelo qual passa o alto escalão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o que seria uma orientação dada ao ministro Ricardo Salles pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Acompanhe tudo sobre:ICMBioMinistério do Meio AmbienteRicardo Salles

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência