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Ministro diz que redução de jornada precisa de amplo debate

Manoel Dias disse também que as manifestações realizadas por centrais sindicais em todo o país nesta quinta são "legítimas"

Centrais sindicais fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios para marcar o Dia Nacional de Luta (Elza Fiuza/ABr)

Centrais sindicais fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios para marcar o Dia Nacional de Luta (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 21h59.

São Paulo - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que as manifestações realizadas por centrais sindicais em todo o país nesta quinta-feira são "legítimas" e que as negociações sobre a pauta de reivindicações trabalhistas com o governo está avançando.

Em nota publicada no site da pasta, Dias disse que a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial e o fim do fator previdenciário --mecanismo que limita o valor pago pelas aposentadorias-- depende de um "amplo debate" que leve a um "grande acordo".

"A negociação é fundamental. O país vive um momento ímpar. É um país que gera emprego, mas isso não é tudo. Ainda precisamos avançar muito", disse o ministro em comunicado.

"A pressão é válida, é legítima, a participação do povo na rua é benéfica, porque o país na medida que exerce cidadania e faz um teste de que a nossa democracia está se vigorando, nós estabelecemos muitos avanços." Nesta quinta-feira milhares de pessoas protestaram em cidades de todo o país no que as centrais sindicais chamaram de Dia Nacional de Lutas.

Na pauta de reivindicações está, além da redução da jornada e do fim do setor previdenciário, rejeição ao projeto de lei que regulamenta as terceirizações, aplicação de 10 por cento do Produto Interno Bruto para a educação, aplicação de 10 por cento do Orçamento da União para a saúde, melhoria do transporte público, valorização das aposentadorias, reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.

As manifestações atingiram operações em portos, paralisaram os transportes públicos em algumas cidades e provocaram bloqueios de estradas e avenidas importantes. Não tiveram, no entanto, a mesma força e tamanho das manifestações do mês passado que chegaram a levar mais de um milhão de pessoas às ruas de todo o país.

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