Brasil

Ministro diz que delatores querem “salvar a própria pele”

Ministro do STF afirmou também que espera que as delações assinadas na Operação Lava Jato tenham sido espontâneas


	"Devo admitir que nunca vi tanta delação", declarou Marco Aurélio Mello
 (José Cruz/ABr)

"Devo admitir que nunca vi tanta delação", declarou Marco Aurélio Mello (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 17h01.

Brasília - O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (1º) que o objetivo maior dos delatores é “salvar a própria pele” ou amenizar uma pena futura.

Ao deixar a última sessão do STF antes do recesso de julho, o ministro também disse esperar que as delações assinadas na Operação Lava Jato tenham sido espontâneas.

“O momento é alvissareiro, porque, quando as coisas não são varridas para debaixo do tapete, a tendência é corrigir-se rumos. Isso é muito importante para termos dias melhores no Brasil. Agora, devo admitir que nunca vi tanta delação. Que elas, todas elas, tenham sido espontâneas. Assento que eles [delatores] querem colaborar com a Justiça, embora o objetivo maior seja salvar a própria pele ou amenizar uma pena futura”, acrescentou Marco Aurélio.

Desde o início das investigações da Lava Jato, 18 acusados assinaram acordo de delação com o Ministério Público Federal (STF), órgão que coordena as apurações.

Entre os delatores estão os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento da Petrobras, respectivamente Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa, parentes de Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, além de executivos de empreiteiras.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaOperação Lava JatoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado