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Ministro diz que apagão pode ter ocorrido por erro de programação

Queda de energia, que deixou cerca de 70 milhões de pessoas sem luz, teria se dado em um linhão operado pela empresa chinesa State Grid

Apagão: ministro disse que somente após a apuração do ONS haverá uma resposta efetiva sobre a causa do problema (Luis Davilla/Cover/Getty Images)

Apagão: ministro disse que somente após a apuração do ONS haverá uma resposta efetiva sobre a causa do problema (Luis Davilla/Cover/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de março de 2018 às 19h48.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 22h59.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse hoje (22) que uma das possibilidades do apagão ocorrido quarta-feira (21), que atingiu todas as regiões do país, afetando principalmente estados do Norte e Nordeste, é que tenha se dado em razão de um erro de programação que derrubou uma linha de transmissão de Belo Monte.

O ministro disse que foi informado pelo Operador Nacional do Sistemas (ONS) de que no momento da perturbação, a carga da linha, de 2 mil megawatts (MW) dobrou para 4 mil MW. A linha estaria ajustada para uma carga mais baixa do que os 3,7 mil. A queda de energia que deixou cerca de 70 milhões de pessoas sem energia, teria se dado em um linhão operado pela empresa chinesa State Grid e que entrou em operação em dezembro do ano passado.

"Pelo volume de energia que passava naquele momento pela subestação, 4 mil MW, ter derrubado 18 mil megas, segundo me repassaram, esse número está dentro do aceitável", disse o ministro, acrescentando que a informação foi dada pelo diretor do ONS Luiz Barata.

Questionado se o problema poderia ter ocorrido em razão do equipamento da empresa chinesa, o ministro disse que somente após a apuração do ONS haverá uma resposta efetiva. "Eu não sei se foi o equipamento, foi falha técnica ou se foi falha humana. Isso a ONS vai descobrir e a gente vai saber quando tiver um relatório mais técnico", disse.

"O ONS vai ter dez dias para averiguar as causas do problema e se teve algum tipo de mecanismo de defesa que era para funcionar e não funcionou, essa resposta eles esperam ter em uma semana, dez dias no máximo", acrescentou.

Na segunda-feira (26), o ONS vai realizar uma reunião com as empresas envolvidas no apagão para averiguar o ocorrido. "A determinação das causas da perturbação exige a análise de uma grande quantidade de informações e já está em curso. A reunião com as empresas envolvidas para a elaboração do Relatório de Análise da Perturbação será realizada na segunda-feira, no ONS, no Rio de Janeiro", disse hoje (22) o ONS por meio de nota.

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