Fernando Coelho Filho: para ele, o momento de crise política exige "lealdade" (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 23 de maio de 2017 às 17h04.
Última atualização em 23 de maio de 2017 às 18h15.
Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou à Reuters nesta terça-feira que permanecerá na pasta mesmo com oposição de seu partido, o PSB, que pediu na semana passada que todos os filiados entreguem os cargos no governo federal após denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer.
"O momento exige coragem, atitude e lealdade... a melhor contribuição que devo dar ao país é o meu compromisso com a missão que me foi atribuída. Por isso, permaneço no ministério", disse.
A atuação de Coelho Filho tem sido elogiada nos setores ligados ao ministério, à medida que o governo Temer e sua gestão apostam em uma agenda de licitações e privatizações de ativos em petróleo e energia elétrica, além de reformulações nos marcos regulatórios desses segmentos para atrair investimentos.
O PSB iniciou um processo em sua comissão de ética contra Coelho Filho que poderá até culminar em sua expulsão do partido, o que criou grande expectativa sobre a permanência ou não do ministro no cargo em meio ao acirramento da crise política no país.
"A saída do ministério como orienta meu partido não contribui para a construção de um saída para a crise que enfrentamos", disse Coelho Filho.
Ele garantiu ainda que a agenda da pasta seguirá conforme o planejado até o momento, incluindo as datas previstas para a realização de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás.