Brasil

Ministro dá prazo para Temer se pronunciar sobre Moreira Franco

Nomeação tem sido alvo de uma batalha de liminares na primeira instância da Justiça Federal em pelo menos três Estados

Michel Temer: Celso de Mello afirma que antes de tomar uma decisão é necessário ouvir o presidente da República (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: Celso de Mello afirma que antes de tomar uma decisão é necessário ouvir o presidente da República (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 08h40.

São Paulo - O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu na noite de quinta-feira 24 horas de prazo para o presidente Michel Temer se manifestar sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, informou a corte.

A nomeação de Moreira Franco, citado em vazamentos da delação premiada da construtora Odebrecht na operação Lava Jato, tem sido alvo de uma batalha de liminares na primeira instância da Justiça Federal em pelo menos três Estados, e a Advocacia-Geral da União (AGU) tem buscado derrubar as decisões que suspendem a nomeação sob alegação de desvio de finalidade.

Com a nomeação para o ministério, Moreira Franco passaria a ter prerrogativa de foro junto ao Supremo e ficaria fora do alcance do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná.

Em seu despacho, no âmbito de mandados de segurança impetrados pela Rede e pelo PSOL, Celso de Mello afirma que antes de tomar uma decisão --os partidos também pedem a suspensão liminar da nomeação-- é necessário ouvir o presidente da República.

"Desse modo, solicite-se tal pronunciamento ao senhor presidente da República, estabelecido, para esse específico fim, o prazo de 24 horas, sem prejuízo da ulterior requisição de informações que lhe será dirigida", escreveu o ministro em despacho emitido após às 22h30 de quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerMichel TemerMoreira FrancoOperação Lava Jato

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final