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Ministro dá nota 9 à organização da Copa das Confederações

Mesmo com filas em estádios, conflitos entre policiais e manifestantes e furto à seleção campeã mundial, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, deu nota 9 à organização

"Espero que o Brasil ganhe o jogo e sejamos campeões. Vai ser 1 x 0, porque a Espanha é uma grande seleção", disse o ministro Aldo Rebelo (REUTERS/Sergio Moraes)

"Espero que o Brasil ganhe o jogo e sejamos campeões. Vai ser 1 x 0, porque a Espanha é uma grande seleção", disse o ministro Aldo Rebelo (REUTERS/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 17h49.

Rio de Janeiro - Mesmo com filas em estádios, conflitos entre policiais e manifestantes, furto à seleção campeã mundial e reclamações em relação às instalações, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, avaliou nesta sexta-feira que o Brasil passou no teste da Copa das Confederações e deu nota 9 a organização do evento.

Aldo disse à Reuters que ficou satisfeito com a preparação do Brasil na Copa das Confederações. "Acho que nove é uma nota que aprova e nos dá a perspectiva de aperfeiçoar o nosso trabalho", afirmou o ministro.

Das seis arenas utilizadas para a Copa das Confederações, apenas duas, Mineirão e Castelão, em Fortaleza, cumpriram o prazo de entrega e estavam prontas em dezembro do ano passado. As demais --Maracanã, Mané Garrincha, em Brasília; Arena Pernambuco, no Recife; e Fonte Nova, em Salvador, foram entregues fora do prazo e com problemas aparentes.

O gramado do Mané Garrincha apresentou problemas logo no primeiro jogo entre Brasil e Japão, e, segundo a própria Fifa, não aguentaria mais partidas se fosse necessário na Copa das Confederações. A partida de abertura também foi marcada por longas filas de torcedores para acessar o estádio.

Junto com o Maracanã, o estádio de Brasília foi a arena mais cara da Copa das Confederações e custou cerca de 1,2 bilhão de reais. Ainda assim, os dois estádios mostraram que ainda estavam incompletos para o evento.

No Recife, a seleção do Uruguai reclamou de uma estrada de acesso A um dos locais de treinamento que não havia sido pavimentada e a equipe chegou a deixar de treinar antes de uma partida na capital pernambucana.

Jogadores da campeã mundial Espanha disseram que tiveram objetos furtados no hotel em que estavam hospedados no Recife, enquanto enfrentavam o Uruguai. Cerca de mil euros foram levados.

Em Salvador, dois ônibus da Fifa foram apedrejados por manifestantes que ameaçaram invadir o hotel onde os integrantes da entidade estavam hospedados.

Ao ser questionado sobre a elevada nota dada ao evento, o ministro não especificou onde o Brasil precisaria melhorar para o Mundial de 2014.

"Se você dá dez, você sinaliza para uma acomodação", afirmou Aldo. "Precisamos melhorar sempre. O conjunto do trabalho pode melhorar", avaliou.

Recentemente, em entrevista à Reuters, o secretário geral do Ministério, Luis Fernandes, apontou a conectividade dentro dos estádios, vendas de alimentos dentro das arenas, mobilidade e comercialização e distribuição de bilhetes como fatores que precisavam avançar até o ano que vem.

Ao longo de toda a competição, Fifa e governo ainda tiveram que conviver com uma onda de manifestações e protestos sociais que ocorrem também nas cidades-sede e no entorno dos estádios em dias de jogos.

Conflitos entre policiais e manifestantes deixaram rastros de violência e vandalismo. Houve também prisões e vítimas nas manifestações.

No domingo, estão previstos novos protestos para as proximidades do Maracanã, local da final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha.

Aldo, que é um profundo conhecedor e admirador de futebol, aposta numa vitória do Brasil na decisão.

"Espero que o Brasil ganhe o jogo e sejamos campeões. Vai ser 1 x 0, porque a Espanha é uma grande seleção", finalizou.

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