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Ministro da Justiça defende autonomia da Lava Jato

"O ministro tem o dever de garantir autonomia investigatória, que as investigações sejam impessoais, que a lei seja cumprida", diz Cardozo


	José Eduardo Cardozo: "o ministro deve garantir autonomia investigatória, que as investigações sejam impessoais, que a lei seja cumprida", diz
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

José Eduardo Cardozo: "o ministro deve garantir autonomia investigatória, que as investigações sejam impessoais, que a lei seja cumprida", diz (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2015 às 10h15.

Brasília - Acusado por setores de seu próprio partido, o PT, de não coibir supostos "abusos" da Polícia Federal na Operação Lava Jato, principalmente depois do pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse ouvido, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que sua obrigação é garantir a autonomia dos investigadores.

"O ministro tem o dever de garantir autonomia investigatória, que as investigações sejam impessoais, que a lei seja cumprida. Se, por ventura, uma autoridade abusa do poder, transgride alguma regra ou comete uma infração, aí fatalmente o ministro pode intervir, determinando processo disciplinar. Agora, não havendo abuso e infração à lei, a minha opinião subjetiva não é relevante", disse.

Desafeto de Lula desde a década de 1990, Cardozo foi alvo do líder da bancada do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), que sugeriu sua saída do ministério em reunião com líderes de outros partidos no início desta semana.

‘Patéticas’

Quanto ao pedido feito ontem pelo PSDB para que a presidente Dilma Rousseff também seja investigada na Lava Jato, o ministro classificou como um factoide da oposição.

"É um factoide, mais um. Todos os setores oposicionistas tentam criar uma maneira de manter espaço jornalístico com acusações, por mais patéticas que sejam. Um partido político pedir, depois que o ministro do Supremo e o procurador-geral da República terem dito que não havia razões para investigar a presidente Dilma, para que ela seja ouvida só tem uma razão: produzir notícias na imprensa. Do ponto de vista jurídico isso não tem o menor significado", disse Cardozo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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