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Ministro da Educação admite indícios de irregularidade

Aloizio Mercadante disse haver "fortes indícios" de que pelo menos um dos funcionários tenha recebido dinheiro de um esquema de venda de pareceres técnicos fraudulentos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 13h36.

Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira haver "fortes indícios" de que pelo menos um dos funcionários da pasta investigados por uma operação da Polícia Federal tenha recebido dinheiro de um esquema de venda de pareceres técnicos fraudulentos a empresas privadas.

O ministro espera que uma comissão de sindicância interna seja encerrada em uma semana e que, se confirmadas as suspeitas, haja "punição exemplar".

"Tem fortes indícios de que ele tenha recebido dinheiro do esquema", disse Mercadante a jornalistas. "Há indícios muito fundamentados." A operação Porto Seguro, da Polícia Federal, veio à tona na última sexta-feira, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos órgãos do governo federal, incluindo o escritório da Presidência da República em São Paulo, a Advocacia-geral da União, o Ministério da Educação e agências reguladoras, entre outros.

Como resultado da operação, 18 pessoas foram indiciadas.

Royalties para educação

O ministro voltou a defender que os recursos dos royalties cobrados pela exploração do petróleo sejam direcionados integralmente para a educação.

A Câmara aprovou no início do mês um projeto com uma nova distribuição dos royalties, mas rejeitou o texto que vinculava os recursos à area.

A presidente Dilma Rousseff tem até a sexta-feira para sancionar o projeto, com ou sem vetos.

"Independente da decisão que ela (Dilma) vai tomar em relação ao projeto da Câmara, a nossa luta para vincular 100 por cento dos recursos do pré-sal e todos os royalties para a educação continua", disse Mercadante.

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