CPI da Covid: o ministro passou de testemunha a investigado (Leopoldo Silva/Agência Senado/Flickr)
Alessandra Azevedo
Publicado em 21 de setembro de 2021 às 17h07.
Última atualização em 21 de setembro de 2021 às 17h08.
Durante depoimento na CPI da Covid, nesta terça-feira, 21, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de “descontrolada”, após ela expor erros na documentação para aquisição de vacinas que não teriam sido analisados pela CGU, mas descobertos pela imprensa.
Rosário respondeu que Tebet falou inverdades e afirmou que ela estava “totalmente descontrolada”, o que gerou reações dos senadores presentes. Muitos foram até a mesa da presidência protestar e apontaram machismo na fala do ministro.
“Pau mandado descarado. Moleque. Moleque de recados. Respeite a senadora Simone Tebet, seu moleque”, disse Otto Alencar (PSD-BA).
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) tentou defender Rosário, mas a senadora Leila de Barros fez uma intervenção no microfone. “Só as mulheres são descontroladas. Vocês dão show todo dia aqui. Menos, Marcos Rogério", disse.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão. Ao reabri-la, minutos depois, ele sugeriu ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que incluísse Rosário na lista de investigados da CPI. Renan acolheu o pedido, e o ministro passou de testemunha a investigado.