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Ministro corta ponto de agentes da PF em greve

Na semana passada, o ministro do Superior Tribunal de Justiça acatou pedido do governo, considerou ilegal e proibiu a operação-padrão dos servidores da PF


	Polícia Rodoviária Federal: o governo reservou entre 14 bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores
 (Wikimedia Commons)

Polícia Rodoviária Federal: o governo reservou entre 14 bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 23h37.

São Pualo - Ao mesmo tempo em que abre negociações com os servidores públicos em greve, o governo decidiu enquadrar os setores considerados mais radicais. Nesta segunda-feira, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo determinou o corte de ponto dos agentes da Polícia Federal (PF) que faltarem ao serviço em razão da greve.

Em contato com o diretor-geral do órgão, Leandro Daiello Coimbra o ministro orientou ainda a abertura pela corregedoria de processos disciplinares contra policias que estejam abusando da população sob o manto da chamada operação-padrão.

Na semana passada, o ministro do Superior Tribunal de Justiça acatou pedido do governo, considerou ilegal e proibiu a operação-padrão dos servidores da PF e da Polícia Rodoviária Federal. Na decisão, Maia Filho "proíbe" ainda que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários". "Ou seja, proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de mercadorias e cargas." Para o ministro do STJ, a operação-padrão "é uma tática que provoca inegáveis perturbações no desempenho de quaisquer atividades administrativas".

Ontem, a União das Carreiras de Estado (UCE), que representa 22 categorias de servidores, divulgou nota onde considera insuficiente a proposta do governo de conceder aumento total de 15,8 % em três anos e marcou para a próxima quinta-feira uma assembleia para discutir paralisações, que atingiriam o Banco Central e a Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.

O governo reservou entre 14 bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

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