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Ministra desiste de pedir salário de R$ 61 mil ao governo

Luislinda Valois tinha reclamado que, por causa do teto constitucional, só poderia ficar com R$ 33,7 mil, e havia citado "trabalho escravo"

Luislinda Valois: Ministra desistiu de acumular seu salário com o de desembargadora aposentada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Luislinda Valois: Ministra desistiu de acumular seu salário com o de desembargadora aposentada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 2 de novembro de 2017 às 16h23.

Última atualização em 2 de novembro de 2017 às 16h23.

São Paulo - A assessoria da ministra Luislinda Valois informou nesta quinta-feira (2) que ela desistiu de pedir ao governo o acúmulo do salário integral da atual função com a aposentadoria de desembargadora. 

O acúmulo somaria R$ 61 mil, valor que supera o teto do funcionalismo, de R$ 33,7 mil. Entre as justificativas que apresentou no pedido, a ministra disse que trabalhar sem receber contrapartida "se assemelha a trabalho escravo".

"Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação", informou nota divulgada pela assessoria do Ministério dos Direitos Humanos.

Em 207 páginas, a ministra tinha contestado a regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do Supremo. Seu salário de ministra é abatido em mais de 27 mil reais e o salário de desembargadora, de 30.471,10 reais, é preservado.

 

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