Ativista do Greenpeace usa medidor Geiger para medir níveis de radioatividade perto de Fukushima (Christian Aslund/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2011 às 14h22.
Brasília – A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, disse hoje (7) que a possibilidade de que peixe contaminado por radiação proveniente do Japão chegue ao Brasil é remota. O Japão anunciou que detectou radiação em algumas espécies de peixes após o vazamento de material da Usina Nuclear de Fukushima.
A ministra explicou que o Brasil praticamente não importa pescado japonês. Mesmo com o baixo risco de um peixe contaminado chegar à mesa do brasileiro, Ideli afirmou que o governo federal monitora todos peixes que vêm da Ásia. Isso porque o Japão anunciou que está despejando no mar água radioativa e os cardumes se deslocam. Além disso, barcos de outros países pescam em águas internacionais. Do continente asiático, o maior volume de pescado é comprado da China.
“Pode continuar comendo peixe que está tudo monitorado. Não há risco ou qualquer problema. É só um cuidado a mais”, disse Ideli Salvatti, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) em parceria com a EBC Serviços.
Desde o início desta semana, fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura começaram a colher amostras de alimentos importados do Japão para detectar a presença de nível de radiação acima do tolerado. Os alimentos serão liberados para o consumo somente após o resultado da análise. E a carga que estiver contaminada será descartada ou devolvida ao Japão.
No programa, a ministra disse que uma das metas da pasta é incluir o peixe na merenda de 20% das escolas do país até o próximo ano. O alimento será processado, ou seja, não terá espinhas. Atualmente, o brasileiro consome 10 quilos de pescado por ano, volume abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 12 a 14 quilos anuais por pessoa.