Cármen Lúcia: presidente STF homologou as delações da Odebrecht após a morte do relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki (Jose Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 09h10.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 09h36.
Brasília - A semana que marca o reinício das atividades do Judiciário no ano começa com a confirmação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, homologou as delações premiadas dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
Ao homologar as delações, a ministra não retirou o sigilo do processo e o conteúdo dos depoimentos ainda não pode ser tornado público.
A decisão de Cármen põe fim a uma série de especulações sobre a velocidade da continuidade da tramitação da Lava Jato, geradas com a morte do ministro Teori Zavascki, no último dia 19, em um acidente aéreo em Paraty (RJ).
A presidente do Supremo homologou as delações uma semana após autorizar a equipe de juízes auxiliares de Teori a continuar as audiências necessárias para a confirmação de cada um dos 77 acordos.
Cármen esteve no final de semana trabalhando no STF em contato com o juiz Márcio Schiefler, braço direito de Teori na condução da Lava Jato na Corte.
Para que o conteúdo das delações seja tornado público, é preciso um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).