Alexandre de Moraes: ministro afirmou que operações vão tentar evitar infiltramento do crime organizado brasileiro no Paraguai e vice-versa (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de novembro de 2016 às 13h37.
São Paulo - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 4, que vai ser avaliado eventual envolvimento de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), no esquema de tráfico de drogas alvo da Operação Cavalo Doido, deflagrada nesta mesma data pela Polícia Federal.
"Vamos avaliar agora com as prisões (se tem envolvimento do PCC). Tem envolvimento do crime organizado, que o do Brasil tem muitos contatos com a criminalidade do Paraguai", disse Moraes, após participar de um evento em comemoração aos 30 anos da Procuradoria-Geral do Município de São Paulo e de uma reunião fechada com o prefeito Fernando Haddad (PT).
Um dos objetivos de operações como a desta sexta, reforçou o ministro, é evitar uma infiltração criminosa brasileira no Paraguai e vice-versa.
"Vamos intensificar isso, tomar conta não é fazer um cordão de isolamento com policiais dando as mãos, são operações como essa e aumento de efetivo das fronteiras", disse.
O ministro destacou que a operação é um desdobramento do trabalho que começou quando assumiu o Ministério, em maio, e que vai resultar no lançamento de um plano nacional de segurança pública, até o fim de novembro.
"Vamos fazer o acompanhamento e trocar informações para intensificar operações." Ele frisou que o trabalho é conjunto entre Brasil e Paraguai e que essa cooperação vai ser intensificada.
Moraes disse ainda que uma reunião no dia 16 será realizada entre ministros do Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia para tratar de acordos de cooperação a serem assinados.
"Vamos nos reunir para que possamos tratar de questões comuns, assinar novos tratados, mecanismos de operação para facilitar o combate ao narcotráfico, tráfico de armas, tráfico de pessoas e contrabando", falou. Do Brasil, devem participar ele, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o da Defesa, Raul Jungmann.