Jogo de reabertura do Maracanã: de acordo com nota do Ministério Público, não há pedido para o fechamento do estádio e a CBF ainda não se manifestou (Tânia Rego/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 09h56.
Rio de Janeiro - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) exigiu novo laudo técnico de engenharia do Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), para verificar se o local está atendendo às regras de funcionamento. A notificação foi feita à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A, que administra o estádio e terá mais 30 dias para cumprir a exigência. De acordo com nota do Ministério Público, não há pedido para o fechamento do estádio e a CBF ainda não se manifestou sobre o assunto. O prazo começou a ser contado ontem (18).
A solicitação foi enviada no último dia 29 pela promotora Glícia Pessanha Crispim, da 4ª Promotoria de Justiça, quando o Estádio Mário Filho já havia recebido o amistoso Brasil x Inglaterra, no início de junho, e as partidas da Copa da Confederações, no fim de junho. Pelo pedido, a CBF e a concessionária deveriam enviar os novos laudos até o próximo dia 28.
A concessionária informou que foi comunicada no dia 21 de agosto sobre a necessidade de um laudo de engenharia mais detalhado do estádio e que, desde então, vem dialogando com o órgão para que todas as solicitações da promotora sejam atendidas.
A concessionária esclarece que em todos os contatos com o MPRJ não foi informada sobre a possibilidade de fechamento do Maracanã. Caso o estádio fosse fechado, iria prejudicar os times cariocas que disputam lá o Campeonato Brasileiro.
O documento enviado pelo Ministério Público informa que a promotora está solicitando um novo laudo técnico de vistoria de engenharia, que esteja dentro dos padrões mínimos estabelecidos por lei. Entre outras exigências, está a da análise uniforme de laudos de segurança, de vistoria de engenharia, de prevenção e combate de incêndio e de condições sanitárias e de higiene.
Procurado pela Agência Brasil, o diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, admitiu que a entidade recebeu o documento. "Nós não temos nada a ver com isso. Não fomos notificados, recebemos esse documento pois somos responsáveis pelo campeonato e o Ministério Público não falou nada em que temos que nos pronunciar. A CBF encaminhou o documento para a concessionária que administra o Maracanã e provavelmente eles vão tomar as providências, vão encaminhar para a gente e nós vamos enviar ao Ministério Público", explicou.