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Ministro do STF suspende investigação sobre Queiroz e outros assessores

O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo, suspendeu a investigação até que o relator do caso, ministro Marco Aurélio, analise o processo

Queiroz: o Coaf apontou "movimentação atípica” do ex-assessor de mais de 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 (SBT/Reprodução)

Queiroz: o Coaf apontou "movimentação atípica” do ex-assessor de mais de 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 (SBT/Reprodução)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 12h59.

Última atualização em 17 de janeiro de 2019 às 14h18.

São Paulo — O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (17) as investigações sobre movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar e ex-policial militar, que era lotado no gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A decisão é temporária.

Fux, que responde pelo plantão judicial do Supremo até o início do mês que vem, suspendeu a investigação até análise do relator, ministro Marco Aurélio Mello, sobre uma reclamação protocolada no STF pela defesa do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O processo corre em segredo de Justiça.

Nesta tarde, o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que a decisão também atinge investigações contra outros assessores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

Em nota, o MPRJ disse que, "pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão".

Queiroz era assessor do senador Flávio e passou a ser investigado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar “movimentação atípica” de mais de 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Alegando motivos de saúde, já que está em tratamento contra um câncer no Hospital Albert Einstein, Queiroz faltou a dois depoimentos marcados para esclarecimento, apesar de ter dado uma entrevista ao SBT dizendo que o dinheiro era oriundo de revenda de carros.

Sua filha e esposa também não compareceram alegando estarem acompanhando o tratamento do pai em São Paulo.

A filha Nathalia já foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, onde estava até o mês de novembro.

Flávio Bolsonaro, que não é investigado, também não compareceu a um depoimento marcado argumentando que não teve acesso aos autos do processo.

Veja a íntegra da nota do MPRJ:

"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informa que em razão de decisão cautelar proferida nos autos da Reclamação de nº 32989, ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal (STF), foi determinada a suspensão do procedimento investigatório criminal que apura movimentações financeiras atípicas de Fabricio Queiroz e outros, “até que o Relator da Reclamação se pronuncie”.

Pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão."

(Com agências)

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