Agência de notícias
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 08h04.
Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 08h07.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou sete funcionários do gabinete do vereador da capital fluminense, Carlos Bolsonaro (PL), pelo esquema de "rachadinha". Segundo a 3ª Promotoria de Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital, no entanto, arquivou o caso contra o parlamentar por falta de provas que indiquem movimentações financeiras irregulares para as contas de Carlos Bolsonaro ou pagamentos relacionados.
Segundo o MP, o esquema ocorreu entre 2005 e 2021. O chefe da organização criminosa seria o ex-chefe de gabinete Jorge Luiz Fernandes. Ele teria usado sua influência e proximidade com a "família Bolsonaro" para nomear funcionários que repassavam parte dos salários a Fernandes. Ao todo, R$ 1,7 milhão teriam sido desviados pela quadrilha.
Jorge Fernandes teria ainda criado uma conta bancária para gerenciar o montante desviado. Os outros denunciados também foram funcionários de Carlos Bolsonaro em seu gabinete: Juciara da Conceição Raimundo da Cunha, Alexander Florindo Baptista Junior, Thiago Medeiros da Silva, José Francisco dos Santos, Andrea Cristina da Cruz Martins, e Regina Célia Sobral Fernandes.
A promotoria afirma que não encontrou indícios suficientes para acusar o vereador no esquema de rachadinha que ocorria em seu gabinete.
"Embora existam indícios de que os assessores não estariam cumprindo corretamente sua jornada de trabalho, sem a devida prestação de serviços, não foi possível identificar nenhum indício de crime, apenas uma infração administrativa, o que torna os fatos atípicos do ponto de vista penal" diz trecho da petição que pediu o arquivamento.
O caso será apreciado pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, que vai decidir se torna os denunciados réus